Em 2018, a Organização Mundial da Saúde acreditava que 1 em cada 11 pessoas no mundo apresentavam quadro de diabetes. No Brasil, já são mais de 13 milhões de diabéticos, somando mais de 6% da população.
É possível realizar um comparativo, por exemplo, com os casos que foram registrados mundialmente, e no Brasil, desde a década de 80, e como os números saltaram de maneira alarmante.
Primeiramente, existem diversos fatores que podem levar ao desenvolvimento do diabetes, e tratamentos que garantem uma melhor qualidade de vida para os portadores da doença.
Porém, quanto mais o assunto puder ser falado e propagado na intenção de diminuir a incidência de casos nos próximos anos, melhor, considerando que o melhor tratamento é a prevenção.
Sendo assim, se você tem interesse em entender mais sobre o assunto, e tirar suas dúvidas a respeito do diabetes, continue com a leitura desse artigo até o fim.
O QUE É DIABETES?
De uma maneira resumida, podemos dizer que diabetes é uma doença, que é causada pela má absorção ou pela produção insuficiente de insulina no organismo.
A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas, que regula os níveis de glicose no sangue, garantindo a energia que todo o corpo utiliza para realizar as tarefas do dia a dia.
O diabetes, por sua vez, acaba causando um aumento no nível dessa glicose no sangue (glicemia), aumentando os riscos de complicações nas artérias, nos olhos, no coração, nos nervos e nos rins.
Embora a causa seja desconhecida, existem diversos fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver diabetes, passando pela genética, e passando até mesmo por fatores ambientais, além de hábitos de vida.
Porém, de uma maneira geral, é possível evitar o risco de desenvolver a doença através da prática constante de exercícios físicos, boas noites de sono e o menor consumo possível de tabaco, álcool e alimentos que possam elevar o índice glicêmico.
É importante falar também, que o SUS oferece 6 tipos de medicamentos para o tratamento do diabetes de maneira gratuita.
QUAIS SÃO OS TIPOS MAIS COMUNS DE DIABETES?
Existem diversas formas em que o diabetes mellitus pode se apresentar, através de diferentes tipos, por exemplo:
Tipo 1
Podemos dizer que o diabetes tipo 1, é uma doença crônica não transmissível, hereditária, e que acomete quase 90% dos diabéticos no Brasil. Sua maior incidência é em adultos, mas crianças também podem desenvolver.
Por ser uma doença hereditária, pessoas que têm familiares com esse tipo de diabetes precisam realizar exames frequentemente, para acompanhar sua taxa de glicose no sangue.
O tratamento pode ser feito através do uso de aplicação de insulina ou de medicamentos que controlem a glicemia.
Como você já sabe, suas causas são desconhecidas, mas sua prevenção pode ocorrer através da prática de hábitos saudáveis e uma vida tranquila.
Tratamento
Considerando a importância do uso de insulina ou de outros medicamentos para o tratamento do diabetes tipo 1, é fundamental realizar medição frequente da glicemia do paciente.
Essa medição pode ser feita em qualquer lugar, através de um aparelho chamado glicosímetro, que irá medir a taxa de glicemia com concentração exata de glicose no sangue do paciente naquele momento.
Ele poderá levar esse aparelho para qualquer lugar, podendo realizar medição em si mesmo, caso deseje.
A insulina, por sua vez, deverá ser aplicada logo abaixo da pele, nas camadas de gordura, como indicam os médicos endocrinologistas, em locais, por exemplo:
- Coxas;
- Braços;
- Glúteos;
- Região da cintura;
- Barriga.
Tipo 2
No diabetes tipo 2, o corpo não consegue “aproveitar” de maneira adequada toda a insulina que é produzida.
Diferentemente do diabetes tipo 1, no tipo 2, as causas são conhecidas e provenientes de:
- Sedentarismo;
- Sobrepeso;
- Índice elevado de triglicerídeos;
- Hábitos alimentares inadequados ou desregulados;
- Pressão alta, ou seja, a hipertensão.
Sendo assim, é de extrema necessidade que o acompanhamento das outras doenças também seja feito, para evitar que o diabetes pior qualquer quadro.
Também podemos citar nesse caso, o agravamento do diabetes tipo 2, mais conhecido como: Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA).
Ele pode ser caracterizado como um desenvolvimento de um processo autoimune, ou seja, de combate do corpo contra o próprio corpo, que é atacado nesse caso, nas células produzidas pelo pâncreas.
Tratamento
No diabetes tipo 2, o paciente irá precisar realizar junto com o médico, a identificação do grau de necessidade que apresenta, para assim encontrar o melhor direcionamento para a situação, como os seguintes fármacos:
- Inibidores da alfaglicosidase, que impedem a absorção e digestão dos carboidratos no intestino;
- Sulfonilureias, que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas;
- Glinidas, que também estimulam a produção pancreática de insulina.
PRÉ-DIABETES
Uma pessoa pode ser considerada pré diabética quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que a média normal, porém não tão altos o suficiente para serem considerados classificatórios para diabetes tipo 1 ou 2.
Pessoas obesas, hipertensas ou com alterações em lipídeos são as mais propensas a entrarem no quadro de pré-diabéticos.
Essa é uma fase de atenção para o corpo muito importante, pois representa o único momento reversível da doença.
Pessoas que são consideradas pré diabéticas ainda podem transformar o quadro de saúde, revertendo sua situação para saudável, evitando maiores complicações posteriores.
Para alcançar essa melhora, é preciso seguir bons hábitos alimentares e a prática constante de exercícios físicos.
DIABETES GESTACIONAL
O diabetes gestacional é um momento da gravidez, onde a mulher apresentará a doença, mas não continuará desenvolvendo-a após o parto.
De uma maneira geral, nesse caso, as taxas de glicemia se apresentam acima do normal, mas não o suficiente para serem classificadas como diabetes tipo 2.
Ainda que seja um quadro temporário, durante a gestação a doença pode trazer complicações para a gravidez e para o parto.
Existe ainda, a possibilidade de desenvolvimento da doença pós parto, tanto para a mãe, quanto para o bebê.
De 2% a 4% das gestantes apresentam esse tipo de diabetes, e por isso, é fundamental o acompanhamento pré-natal.
SINTOMAS MAIS COMUNS DO DIABETES
Existem 3 sintomas que são considerados os mais comuns em quem apresenta um quadro de diabetes, que são: sede em excesso, vontade de urinar em excesso e fome em excesso.
Porém, cada tipo da doença também pode apresentar seus sintomas característicos, como:
Sintomas que acometem pessoas com diabetes tipo 1, por exemplo:
- Certamente, fome excessiva e frequente;
- Sede excessiva e constante;
- Além disso, vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda considerável de peso, como resultado, emagrecimento;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças frequentes de humor;
- Vômito;
- Enjoo, ou seja, náuseas.
Sintomas que acometem pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo:
- A princípio, fome excessiva e frequente;
- Sede excessiva e constante;
- Infecções muito frequentes nos rins;
- Formigamento nos pés;
- Formigamento nas mãos;
- Além disso, vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Infecções muito frequentes na bexiga;
- Feridas que não cicatrizam ou que demoram demais para cicatrizar;
- Certamente, visão embaçada;
- Infecções muito frequentes na pele.
O DIABETES E A HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia, nada mais é, do que o valor de glicose no sangue muito abaixo do normal.
Em qualquer pessoa que fica muito tempo sem se alimentar, é possível gerar uma crise de hipoglicemia, mas em diabéticos é bem mais provável de acontecer, por motivos, como:
- Aumento da quantidade de exercícios físicos sem acompanhamento médico;
- Pular os horários das refeições ou pular as próprias refeições;
- Certamente, comer menos do que o necessário;
- Exagerar na medicação como forma de melhorar o controle do diabetes;
- Além disso, ingerir álcool em excesso.
Sintomas da hipoglicemia:
- Tremores;
- Ansiedade;
- Nervosismo;
- Calafrios;
- Além disso, sudorese;
- Impaciência;
- Irritabilidade, por exemplo;
- Delírio e confusão mental;
- Taquicardia;
- Vertigem, ou seja, movimento de rotação ou desequilíbrio;
- Tontura;
- Náuseas;
- Vômito;
- Fome;
- Sonolência;
- Visão embaçada;
- Sensação de dormência, por exemplo, formigamento na língua;
- Sensação de dormência ou de formigamento nos lábios;
- Além disso, dor de cabeça;
- Fadiga, em outras palavras, cansaço;
- Fraqueza;
- Tristeza;
- Raiva;
- Falta de coordenação motora;
- Além disso, pesadelos;
- Crise convulsiva, em outras palavras, convulsões;
- Inconsciência.
FATORES DE RISCO PARA O DIABETES
Além dos fatores considerados genéticos, como no diabetes tipo 1, e a ausência de hábitos saudáveis, existem ainda, outras causas que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
- Diagnóstico de pré diabetes;
- Hipertensão, ou seja, pressão alta;
- Alteração na taxa de triglicerídeos no sangue ou colesterol alto;
- Sobrepeso, especialmente quando a gordura se localiza na área abdominal;
- Irmãos, pais, avós ou parentes diabéticos;
- Além disso, doença renal crônica;
- Mulheres que deram à luz crianças com mais de 4 kg;
- Diabetes gestacional;
- Síndrome do ovário policístico, ou seja, aumento no tamanho dos ovários;
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos;
- Uso de fármacos glicocorticóides;
- Apneia do sono;
COMO PREVENIR O DIABETES?
A melhor prevenção para o diabetes, e para reduzir as chances de complicações da doença em pacientes, é a prática de hábitos saudáveis, como:
- Redução do consumo excessivo de sal, açúcar e gorduras ruins, como por exemplo, frituras;
- Além disso, eliminar o hábito de fumar;
- Ingestão diária de legumes, verduras e frutas;
- Prática regular de exercícios físicos, por pelo menos, 30 minutos todos os dias;
- Manutenção do peso ideal para cada pessoa, sem excessos;
- Certamente, reduzir momentos estressantes, e que podem ser controlados e evitados;
- Bons hábitos de sono.
CONCLUSÃO
Se você percebeu qualquer um dos sintomas citados nesse artigo, procure um médico e peça os exames necessários para descartar ou tratar a possibilidade de diabetes.
Mas, não se preocupe. A doença é séria, e precisa de tratamento e acompanhamento constantes, mas mantendo o controle da glicemia e uma vida saudável, é possível viver de maneira normal.
É importante frisar esse ponto, pois as complicações que o diabetes pode trazer, como infarto, por exemplo, são complicações que podem acometer qualquer indivíduo, até mesmo os não diabéticos.
Sendo assim, a melhor solução para evitar problemas de saúde, complicações maiores e desconfortos desnecessários, é a prevenção e o cuidado com o seu corpo e a sua mente.
Por isso, é fundamental a prática constante de exercícios físicos, de alimentação saudável e de manter bons hábitos de sono e de vida, independentemente de você ser diabético ou não.